sábado, 8 de agosto de 2009

Uma brilhante alma equilibrista

Ela não é deste planeta!!!
Adriana Deffenti em seu novo show, Alma equilibrista, demonstrou o quão ainda temos a aprender e a apreciar a boa mmúsica. Muita gente que conheço lamenta que ela não tenha tanto reconhecimento da midia, mas de certa forma acho isso até bom, pois deixem a midia com sua mediocridade e jabas de todo sempre. Fiquemos com a verdadeira boa música.
Naquele sábado frio, meio clima europeu até, o Teatro do CIEE transpirava um clima de Velho mundo mesmo, as acomodações muito boas, a iluminação perfeita, o acesso fácil e claro - AS LETRAS ERAM GRANDES E LEGIVEIS - tudo estava criando um clima de ansiedade e espectativa. Já conhecendo o trabalho da Adriana eu sabia que algo de muito bom estava por vir. Mas por incrivel que pareça ela sempre surpreende!
Não assisti a um show, eu presenciei uma obra de arte. Cantando em francês, inglês, espanhol e português mostrou toda sua versatilidade como cantora, como instrumentista, como artista multifacetada. Cantou o amor nesses vários idiomas, em suas várias formas, nostrazendo suas nuances, suas imperfeições suas maravilhas.
Ao ver Adriana no palco me senti voltando a um tempo que eu nem vivi, mas do qual sinto profunda saudade... ah como eram boas as canções antigas, lembrei-me dos anos dourados, da época em que as cantoras realmente sentiam o que cantavam. Eis outro mérto, a todo momento em que cantava e desfilava seu vasto repertótio de textos, a cantora permitia que sentissemos o que estava posto em cada palavra, transmitia com exatidão o sentimento intenso de cada instante. Nos tomava pela mão e nos levava para dentro de nós mesmos, com seus olhares, gestos, sua voz encatadoramente privilegiada. Tudo que eu venha a dizer não conseguirá se aproximar daquilo que só quem esteve lá pode entender. Me senti protagonista de cada canção, como se tudo aquilo fosse meu, algo que não é qualquer cantora que consegue fazer com p público Em alguns momentos me lembrou até a Piaf, ao menos nos filmes que dela pude ver.
Uma clara influência do periodo que percorreu a Europa desfilando por lá seu talento.
A empatia com o público é fruto de uma presença de palco que cresce a cada shoe, até mesmo alguns imprevistos soube contornar como se tudo fizesse parte do show, tornou-o até melhor. Não tenho dúvida nenhuma que estamos diante da melhor cantora deste pais. Atualmente, lembra a Bethania em seus bons momentos - digo isso em termos de concepção de show.
No bís fez algo inédito, Adriana e seu violão interpretaram sua canção chamada Menina do jornal, uma música sensacional com uma série de sentimentos implicitos e explicitos, mas que cantada naquele formato ficou encantadoramente inesquecivel. Espero que repita a dose muitgo mais vezes, que nos apresente suas próprias canções ainda inéditas, dado o sucesso que fez.
Ela é portoalegrense, csantou com propriedade os caminhos da cidade, os caminhos da poesia do não=portoalegrense mais portoalegrense de que se tem noticia, quando interpretou O mapa, de Mário Quintana. Mas ela não é regionalista, não é MPB, não é estilo algum, é música em essencia sem encarceramentos sem limites e isso lhe denota um caráter plural, atinge a todos que conhecem e no mais intimo de cada um. Não houve quem tivesse saido dauqles momentos muito melhor do que quando entrou para assisti-la
Esperamos ansiosos por seu novo CD, certamente mais um momento antológico, sem os holofotes da midia, mas que reluzirá sobre nossos corações.

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