domingo, 30 de agosto de 2009

Mamute ou Gambá?

Ao assistir – pela milésima vez – o filme A era do gelo 2, senti – pela milésima vez – a vontade de escrever sobre a maute que acreditava ser gambá.
A Mamute Helen viveu desde sempre com seus “irmãos” gambás, aprendeu todos os hábitos de gambá, dormia, comia, se escondia, tinha hábitos noturnos, tal qual esta espécie.
Pois bem, indo direto ao ponto: Tantas e tantas vezes os deficientes e a deficiencia em si foi tratada como problema ou como perda, como semdo algo que denotasse inferioridade, que de fato, as pessoas com essa característica, passaram a acreditar que tinham algo lhes faltando, que ser normal era objetivo principal de suas vidas.
Mas por mais q se queira ser gambé, a Helen sempre foi mamute.
Muitas pessoas com deficiência optam pela medicalização, pela polianização de sua deficiência, optam por escolherem o caminho q nos ensinaram ser o mais “fácil” de aceitação, o de se sentir normal.
Oras! Não quero essencializar situações - deus me livre - mas acho que este é um ótimo exemplo a ser tomado aqui. Pois, somos aquilo que sentimos ser mesmo que tudo nos coloque em um patamar ou posição contraria. Posso ser surdo e desejar ser ouvinte, ser ouvinte e estar inserido na cultura surda. Posso ter baixa visão e achar que por causa disso é só usar alguns artifícios e me achar o mais normal dos seres, colocando para baixo do tapete minha baix bisão.
Mas particularmente, prefiro pensar que desde a muito tempo querem que as pessoas com deficiências desejem ou se sintam normais, que esqueçam a sua identidade de pessoa com deficiencia, que se achem na normalidade, aniquuilando a diferença. Mas por mais que queiramos, jamais a normalidade nos tocará, por mais que queiramos ser gambás, um dia alguém nos fará lembrar que somos mamutes!
O caminho é pedregoso tal qual o poema de drumond comtanas pedras no caminho, mas se todos admitíssemos e aceitássemos a deficiencia como uma constituição de nossoser, como uma característica de nossa individualidade, como uma identidade possível, talvez o caminho se torna-se menos tortuoso.
Que papel temos nós no apagamento de nossas diferenças?
Somos o que queremos ou o que querem que sejamos?
Buscar a normalidade é polianizar a deificiencia?
No fim de tudo a mamute ao se encontrar com outro mamute – que não acreditava existir, passou por um momento crucial, percebeu que podia se assumir como maute, que poderia viver com alguém com as mesmas características que ela, e assim amobos foram felizes...Serra que se nós com deficiência luarmos mais por formarmos um frupo consolidade e lutarmos menos nas fileiras da normalidade não seremos mais.. felizes?

Nenhum comentário:

Postar um comentário